quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Nowhere Man


Cada álbum é como um parto. Demora bastante pra sair. É um longo processo de inspiração, criação e produção. Estou quase terminando meu 5º disco, Scatterbrain, e já estou exausto do processo. Sempre fico assim ao final de cada álbum. Ou ao final de cada arte que eu faço. Não só ao final, mas durante a concepção das obras também. Tive que tirar uma canção porque não consegui cantá-la. Talvez eu faça uma parada instrumental com ela e lance depois. Não sei. Mas, isso é só um exemplo. Várias canções que estarão no álbum tiveram um longo e árduo processo pra ficar do jeito que estão.

Mas, por que eu tenho todo esse trabalho se eu não estou ganhando dinheiro nenhum com isso? Sinceramente, eu não sei. É algo que tem a ver com a vontade. Eu mesmo não sei o motivo. Uma vez por ano eu faço um álbum. E até agora, nada de covers. Tudo original. E no final, dá pra contar nos dedos as pessoas que eu sei que vão ouvir. Soa até melancólico, eu sei. Algo como "a canção que ninguém ouvirá". Me lembra de um trecho da música The Sound Of Silence de Simon & Garfunkel que diz: "People writing songs that voices never share..." Puxa, e eu conheço vários artistas anônimos que estão por aí tentando divulgar seus trabalhos. Mas as pessoas estão ocupadas demais pra ouvi-los. No final, não importa. Não afeta em nada o meu som. A minha música é o que é.

Enfim, tenho uma novidade. Meu pai comprou uma viola caipira. Não posso medir a minha felicidade e ansiedade em usá-la em algum trabalho. Pode ser que ela faça uma participação discreta neste álbum que está vindo. Mas, pretendo usá-la com mais força nos álbuns que gravarei com a minha amada logo mais. O som da viola é hipnotizante. Pra mim soa como uma cítara caipira. Não sei explicar. Só sei que é lindo demais. Não é por nada não, mas instrumentos musicais são tudo de bom. 

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